quarta-feira, 20 de junho de 2007

Os temas do áudio livro

Existem algumas questões relacionadas com os áudio livros que, antes de pensar um pouco sobre isto, não são imediatamente identificadas.

A opção por um radialista para corporizar os textos, ou a opção por um actor de teatro, ou um de televisão, são bastante distintas e devem ser equacionadas em função do próprio texto. Um actor conseguirá seguramente criar com mais facilidades aquilo que tecnicamente nos foram explicadas como "pausas de dramaturgia", num texto, por exemplo de ficção. Um radialista, por outro lado, normalmente possuidores de vozes lindissimas, mas sem expressão dramática, será uma melhor opção para um texto, digamos, mais técnico.

Outras questões prendem-se com aspectos mais de produção, mas ainda assim, não despiciendos. Hoje de manhã vinha a ouvir o CODEX 632 do José Rodrigues dos Santos, uma das poucas edições em áudio livro recentes. Trata-se de uma excelente produção, com voz do Ricardo Carriço, uma boa embalagem, um texto recente e interessante.

Mas a faixa 5 (um áudio livro tem faixas, como o CD de música, claro) já vai em 38 minutos (o tempo que demorei de casa ao trabalho) e ainda não terminou. O que significa que quando voltar ao carro, e me deter mais um pouco sobre os problemas do professor de história e da sua aluna sueca (numa parte do texto esclarece-se "não tipo vaca", "não do tipo cavalona", "mas sim do tipo modelo"...vejam a beleza deste texto), terei de fazer fast forward de 38 minutos para chegar ao ponto...tecnicamente não me parece uma boa opção.

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